Depois do sequestro absurdo sofrido por Patrícia Abravanel, o próprio Silvio Santos também foi vítima de bandidos
Após passar pelo susto de ver sua filha sendo sequestrada, outra tragédia aconteceu na família Abravanel, mas dessa vez com o próprio dono do SBT. Felizmente o desfecho da história, culminou na libertação de Silvio Santos, que foi mantido na mira de um revólver 38 por nada mais, nada menos que 7 horas dentro de sua própria casa. Já o mentor do assalto, Fernando Dutra Pinto acabou sendo morto em meio a um tiroteio com a polícia.
Porém, o que poucos sabem, é que o sequestro de Silvio Santos também afetou a vida de quem não tinha nenhum tipo de envolvimento com o crime. Como é o caso de Josiene Santos Bastista, que foi até vista como suspeita da quadrilha que manteve o patriarca dos Abravanel refém.
Em entrevista para o Jornal Extra, a manicure conta como a vida dela virou um verdadeiro inferno após ser envolvida no caso por conta da arma que estava registrada em seu nome e acabou caindo nas mãos dos bandidos:
“Quando eu vi a minha arma e a minha cara na televisão sendo procurada, senti um negócio nas pernas, meu sangue desceu. Pensei: ‘estou ferrada’“- Contou ela
Após cometer um crime e fugir de um presídio, Josiene tentava recomeçar a vida anonimamente e sem a polícia no seu encalço:
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“Em 1995, eu fui presa após um assalto. E minha arma foi apreendida pela polícia e ficou na 25ª DP. Depois, fui para o presídio e consegui fugir ao serrar uma grade. Sumi, né? Estava foragida, fui morar em outro bairro onde ninguém me conhecia e refiz a vida, ainda que meio escondida”
Segundo a manicure, o revólver encontrado com o sequestrador de Patricia Abravanel e Silvio Santos, foi roubado da própria delegacia em que ela estava detida:
“O revólver estava com um dos policiais que trabalhou na delegacia na época que me pegaram e quando ele foi baleado o Fernando[sequestrador] pegou o revólver e levou com ele. Eu achava que uma arma ou era destruída ou sei lá, ia para alguém, tirava do nome da pessoa, mas estava com esse policial aí”– Disse ela
Para provar sua inocência, Josiene precisou da ajuda de um amigo jornalista de sua mãe, que conseguiu livrar a acusada depois de passar por um verdadeiro martírio na terra:
“Ninguém me procurou, mas a minha vida virou um inferno desde o dia que botaram minha cara na televisão. Passei quase 20 anos escondida, com medo de me matarem, sei lá. Meus vizinhos, que nem me conheciam, davam entrevista dizendo que eu era uma bandida. Eu errei lá atrás, eu sei. Coisa de jovem que segue o caminho errado, mas eu nunca fiz mal a ninguém. Hoje me redimi, faço meu trabalho de doméstica e manicure e já tenho um RG depois de 26 anos”– Desabafou ela
Agora, 20 anos após o acontecido, Josiene vai lançar um livro para contar o seu lado da história, com o título: “Silvio Santos na mira do meu 38”.
