Marcou na TV

Sucesso no Sítio do Picapau Amarelo arruinou carreira de atriz: “Me prejudicou”


Atriz Zilka Salaberry junto com o elenco do Sítio do Picapau Amarelo. (Foto: Reprodução)

Por ironia, muitas vezes o sucesso acaba tendo um preço alto, que pode até mesmo custar a carreira de muitos atores. Os casos mais comuns são aqueles de astros que acabam fazendo a fama subir à cabeça, mas outros simplesmente por ficarem tão marcados por determinado personagem, que não conseguem convites para novos trabalhos. Foi o que aconteceu com a atriz Zilka Salaberry.

A famosa deu vida à icônica personagem Dona Benta na primeira versão do Sítio do Picapau Amarelo, exibida pela Globo entre 1977 e 1986. A atriz já tinha uma carreira consolidada quando foi convidada para o papel, apesar de, 1975, ela ter revelado que não tinha ficado rica pelos trabalhos que já fez na telinha.

“Hoje, embora tenha alcançado um certo respeito pelo meu trabalho e uma boa popularidade, posso dizer que não estou rica. Se amanhã eu parar de trabalhar, não terei do que viver”, confessou a estrela, em entrevista à revista Amiga.

Zilka Salaberry como a Dona Benta do Sítio do Picapau Amarelo. (Foto: reprodução)
Zilka Salaberry como a Dona Benta do Sítio do Picapau Amarelo. (Foto: reprodução)

Sucesso e falta de oportunidades para a atriz nas novelas

O sucesso em O Sítio do Picapau Amarelo foi quase imediato, mas acabou se tornando uma espécie de “armadilha” para a atriz, que teve sua imagem tão associada à personagem Dona Benta, que ela acabou tendo poucas oportunidades para novos trabalhos após o fim da série, principalmente nas novelas.

“As pessoas choram e me beijam como se eu fosse a Dona Benta, que transmitia sabedoria. Mas a personagem prejudicou meu retorno às novelas. Quando fiz Teresa Batista e interpretava a dona de um bordel, as pessoas que acompanhavam a gravação diziam, por exemplo, a Dona Benta está tão bonita”, revelou a veterana.

Veja também

Zilka enfrentou alguns problemas de saúde em seus últimos anos de vida, tendo problemas de locomoção. A atriz morreu em 10 de março de 2005, aos 87 anos. Seu último trabalho foi a novela Esperança, em 2002.

Autor(a):